Romualdo Rosário da Costa, o Mestre Moa do Katendê, referência da cultura negra na Bahia, mestre de capoeira, fundador dos afoxés Badauê e Amigos de Katendê, compositor, percussionista, artesão, dançarino e educador foi covardemente assassinato no dia 08 de outubro do ano passado com doze facadas pelas costas pelo bolsonarista Paulo Sérgio Ferreira de Santana, após uma discussão sobre as eleições presidenciais de 2018 em um bar de Salvador (BA).
Mestre Moa do Katendê foi um patrimônio do povo negro e da cultura da Bahia, vítima da violência reacionária promovida pelo bolsonarismo, que foi alçado ao poder pela farsa eleitoral de democracia dos ricos, síntese da escravidão e da ditadura. A melhor forma de homenagear o Mestre Moa é seguir na luta por justiça e liberdade, contra o fascismo institucional e o Estado Policial, avançar no enfrentamento ao racismo, construindo organização de base e autodefesa popular.
Ontem, infelizmente uma irmã do Mestre Moa, após sofrer um infarto, morreu a caminho de uma missa em homenagem ao irmão. Nos solidarizamos com o toda a família do Mestre Moa nesse momento difícil.
O documentário Mestre Moa do Katendê – A primeira vítima (2018, 46 min.), do cineasta Carlos Pronzato.