Segundo o Partido dos Trabalhadores do Curdistão – PKK, organização revolucionária do povo curdo, “a agressão turca tem o claro objetivo de derrotar a Revolução Libertária de Rojava, invadindo as terras do norte e leste de Síria para eliminar a administração autônoma democrática e perpetrar um genocídio contra os curdos de Rojava, como no caso de Afrin, reduzindo à escravidão os demais povos destas terras, e assim, dividindo a Síria.” […]
“Este ataque se dirige contra a existência e a liberdade curdas, a unidade democrática e a fraternidade entre os povos da Síria, contra a democracia na própria Turquia e no Oriente Médio, assim como, contra toda a humanidade. Seu objetivo é dar sobrevida aos mercenários do Isis/Daesh que foram derrotados pelas forças curdas das YPG, YPJ e FDS, e novamente voltar ameaçar o mundo inteiro com estas forças mercenárias.” […]
“As forças genocidas de ocupação do exército turco estão atacando os povos curdos, árabe, assírio, sírio, armênio, turcomano e circassiano que vivem no norte e leste da Síria com as armas da OTAN e com as armas compradas dos Estados Unidos, Alemanha, Rússia e China. Essas são as armas utilizadas na agressão, massacre e invasão iniciada pela Turquia contra os povos do norte e leste da Síria em 9 de outubro. Por esta mesma razão, principalmente os Estados Unidos e a Rússia, mas também as Nações Unidas e todos os estados que apoiam a Turquia, são responsáveis pela invasão do norte e leste de Síria e de qualquer massacre e genocídio que se cometa neste território. Com o apoio de todas estas forças, o Estado turco está perpetrando de forma explícita um massacre contra os curdos em pleno século XXI, um crime contra a humanidade e os demais Estados se convertem em seus cumplices”. […]
Mas, “uma luta pela sobrevivência começou entre as forças mais tirânicas e as mais justas da história. Os curdos de Rojava, os povos do nordeste da Síria e nosso povo nas quatro partes do Curdistão e no exterior devem saber que a história nos confiou mais uma vez a tarefa de representar a honra, a humanidade e a liberdade. Embora seja extremamente desafiador e tenha um alto custo, é nossa obrigação cumprir esta missão histórica e honrada, que empreenderemos no espírito de Agit e Zilan, seguindo o caminho do líder Apo (Öcalan) e dos mártires, assim como fizemos no passado sacrificando dezenas de milhares de mártires. Não podemos deixar de fazê-lo. Para nós, é a única maneira de existir e viver livremente como povo. Não esqueceremos que apenas a resistência levará à vitória.” […]
“Acreditamos que curdos, árabes e todos os demais povos e forças de defesa do nordeste da Síria empreenderão a defesa da humanidade livre, nos baseando no chamado para a mobilização da Administração Autônoma Democrática; qualquer homem e mulher que possa pegar em armas deve converter cada casa em um quartel general e cada rua em um campo de batalha para erguer uma gloriosa resistência contra os bárbaros fascistas partidários de Recep Tayyip Erdoğan, do AKP e MHP, e para enterrar a mentalidade e a política colonialista e genocida da Turquia nas terras de Rojava”.